Um Olhar Sobre A Educação Brasileira

Publicado em: 15 de Janeiro de 2024
Tempo de leitura: 4 minutos


Foto gerada por IA

A educação é um dos fatores mais importantes para o desenvolvimento de um país, pois influencia diretamente na qualidade de vida, na produtividade, na inovação e na competitividade com outras nações. No entanto, o Brasil enfrenta grandes desafios para melhorar o sistema educacional e consequentemente aproximar-se dos padrões internacionais. Em um relatório divulgado pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), chamado “Education at a Glance - 2023” (Trad. Livre - Um olhar para a Educação), mostrou o Brasil com defasagem em relação ao países-membros da organização em diversos indicadores, como investimento por aluno, participação no ensino profissionalizante e taxa de jovens que não trabalham nem estudam, chamados de “nem-nem".
 

O estudo mostrou que o Brasil investe apenas 3.583 dólares/aluno/ano em educação básica, ficando na terceira pior posição do ranking. O país ficou à frente apenas do México e da África do Sul e com valores muito abaixo da média da OCDE, que é de 11.029 dólares/aluno/ano. Os países que mais investem, segundo o estudo, são Luxemburgo, Suíça e Bélgica.

O baixo investimento por aluno reflete na qualidade do ensino e no resultado em avaliações internacionais, como o Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa), que mede as competências em leitura, matemática e ciências. No Pisa realizado em 2018, o Brasil ficou na 57ª posição no ranking geral, com média de 413 pontos e abaixo da média da OCDE, de 487 pontos. O desempenho dos alunos brasileiros ficou atrás de países como China, Cingapura, Estônia, Finlândia, Canadá, Japão, Coreia do Sul, Irlanda, Estados Unidos, Reino Unido e Austrália.

A baixa participação dos jovens brasileiros no ensino profissionalizante também é um indicador preocupante, pois é a modalidade de educação que qualifica uma parcela da população para o mercado de trabalho. O relatório da OCDE mostra que apenas 11% dos alunos do ensino médio de 15 a 19 anos estão matriculados em programas profissionais, bem abaixo da média dos países da OCDE que é de 37%. Na faixa etária de 20 a 24 anos, a média no Brasil é de 11%, enquanto na OCDE é de 65%.

O ensino profissionalizante é apontado por especialistas como uma importante via de acesso a postos bem remunerados e com maior demanda no mercado, alem de contribuir na redução da evasão escolar e auxiliar na empregabilidade dos jovens. Um dado impactante é o alto índice de jovens que não trabalham nem estudam, os chamados “nem-nem”. O relatório da OCDE, mostra que 24,4% dos jovens brasileiros de 18 a 24 anos estão nessa situação. A média dos países da OCDE é de 14,7%.

O relatório mostra a necessidade de investimento de recursos, na valorização dos professores, alunos e escola, e que é preciso buscar soluções inovadoras e eficazes para a educação, como a melhoria do currículo escolar, a diversificação das modalidades de ensino e a inclusão digital.

E você, o que acha da situação da educação no Brasil? Quais são os principais desafios e oportunidades que você vê nessa área? Deixe seu comentário e compartilhe este texto com seus amigos nas redes sociais.

Foto de National Cancer Institute na Unsplash


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